Aventura: O Mestre de Kung Fu

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Naquela específica manhã de verão, nas ruas de Utakata, quando a cidade ganha vidava com uma energia vibrante. O sol brilhava no céu azul, enquanto uma brisa suave soprava entre os prédios e bosques. As ruas estavam repletas de pessoas, cada uma cuidando de suas vidas e lidando com os seus problemas do dia a dia. O som era constante, era um coro de conversas simultâneas, desde comerciantes anunciando seus preços até risadas de conversas mais informais.

Em meio a todo este caos, Nara, uma jovem aprendiz de artes marciais caminhava pela cidade de Utakata. Com ela, uma carta ornamentada deixada como legado por seu pai, um ex-vassalo dos Kazuki, naquela carta continha um selo oficial do clã com um pedido de indicação a algum dojo da província, permitindo com que ela pudesse aprender em qualquer dojo na cidade, com privilégios de um membro oficial de uma família vassala.

Nara ainda estava indecisa, passeando numa praça no centro da cidade. Havia tantos dojos em Utakata que ela não sabia ao certo qual conhecer primeiro. Sentada num banco da praça, ela repousava sob a luz do sol.

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– Oh, é claro, é claro! O senhor Handa sempre faz encomendas para mim! – ele sorri, caminhando até os fundos da loja com uma chave. Ali ele abre o recipiente e remove uma sacola de pano, a qual ele abre e revela um brilhoso e perfeito caqui – Ele adora essas – comentou o bom e velho comerciante.

– Você é aluna dele? – perguntou Doca, incrédulo – Já faz um ano que ele se queixa de não ter aprendizes, fico feliz por ele e por você também! Se esforce muito, jovenzinha! – Disse Doca com um sorriso no olho e uma gentil reverência.

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– Entendo, entendo... De toda forma, boa sorte e dê minhas lembranças ao senhor Handa! – Doca respondeu conforme Nara ia saindo da loja, prestando uma outra reverência. A jovem passa pelas cortinas e começa a caminhar pela rua, ela anda por alguns minutos até ouvir uma voz estranha.

– Olha ela ali – e então o outro respondeu – Ela tava no dojo daquele idiota – quando Nara se virou, eram os 3 rapazes a encarando com um sorriso no rosto – Aonde pensa que vai, garota tonta? – disse o maior dentre eles.

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– É o que Desgraçada? – gritou o primeiro que ergueu os punhos, mas percebendo que a jovem Nara já havia saído correndo o outro o puxou – Pega ela! – e então começaram a correr os três juntos – Volta aqui pra gente te ensinar uma lição, idiota! – falou o terceiro, enquanto todos corriam atrás de Nara.

Por sorte, ela era muito rápida e no momento em que chegou na alameda que atravessaria para o outro bairro eles já estavam quase sumindo no horizonte, apenas os seus gritos ecoavam. Mas eles não pareciam inclinados a desistir.

- Lutadores ×3

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– Ações: Correr;

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Os jovens briguentos persistiam em sua perseguição implacável a Nara, porém, para sua frustração, a jovem lutadora era muito mais ágil e veloz do que eles. Enquanto os praticantes de artes marciais se debatiam, engolindo poeira em sua tentativa desesperada de alcançá-la, Nara atravessou a alameda com facilidade, deixando-os para trás. Seus passos determinados a levaram em direção ao bairro Yukimori, onde poderia finalmente encontrar a calma tão desejada. Ao chegar aos portões do dojo, Nara aproveitou o momento para se recompor. Respirando fundo, alinhou sua postura e ajustou sua aparência antes de adentrar o dojo. Enfim, ela cruzou os portões, adentrando o terreno. No interior, Nara avistou Handa, seu "mestre", que parecia ocupado transportando alguns bonecos de madeira utilizados para o treinamento de golpes, direcionando-se para os fundos do dojo. Sua figura imponente e serena denotava aquela mesma despreocupação de antes. O sol iluminava levemente o ambiente, criando uma atmosfera de tranquilidade e serenidade.

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– Eu estava ali, quase terminando de ajeitar as coisinhas do meu Dojo. Minhas mãos cheias de calos e o cansaço batendo, eu precisava beber água naquele momento. Foi então que o barulho voltou, era ela! A garota! Eu achava que ela ia meter o pé com meu dinheirinho e nunca mais voltar, mas ela já estava de volta? Só se havia ido correndo, mas quanta dedicação! Que honrável!

Fui andando até ela, mas percebi que ela estava ofegante, ora pois! Cruzei os braços, mas ouvi suas palavras sobre perseguidores, caminhei até ela e falei – Como assim? Você arrumou briga por ai!? – havia um pouco de curiosidade, um pouco de orgulho e um pouco de vergonha nas minhas palavras.

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– Aiai que confusão! Vamos apenas falar com eles, que tal?! – respondi a senhorita Nara com um sorriso no rosto, mas no fundo estava suspirando de cansaço em ter que resolver esse problema. Numa prateleira ao lado dos manequins eu guardava algumas moringas, por sorte uma delas tinha água, então peguei ela e entreguei em suas mãos – Vou tentar falar com eles, vamos?! – depois de perguntar caminhei na direção da entrada do Dojo para ver o que de fato tinha acontecido.

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No instante em que passei pela porta do Dojo, acompanhado da Nara-chan, vi os três garotos que tinham passado mais cedo no Dojo pra encher o saco. Suspirei em desânimo, olhei para ela por cima do ombro e depois me virei para respondê-los. "Será que vocês não podem ir encher o saco de out-" falei em desânimo, sendo interrompido por uma pedrada em meu rosto que o que estava mais na frente atirou.

"Cala a boca tiozão" ele gritou, e o que estava do lado completou "A gente vai dar uma lição em você e nessa dai" ele disse, minha cara estava caída eu esfreguei o meio de minhas sobrancelhas meio preocupado.

"Que tal um plano B?" olhei para Nara e esperei sua resposta.

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– Ações: Em Combate

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– Ações: Correr;

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A confirmação era breve. Nara avançou como um relâmpago, erguendo um chute na direção do oponente que estava mais perto. Com um movimento ainda mais rápido, o rapaz abaixou o punho, bloqueando o golpe e sentindo o impacto feroz em sua postura. "Hah! Você é lenta!" com o deboche ele prosseguiu revidando com um soco na altura do peito, mas Nara defendeu com o punho.

Os outros dois correram para prestar apoio ao companheiro, estavam prestes a rodear a jovem lutadora quando – EU surgi descendo um chute no peito do rapaz, meu olhar era sério e o meu tom de voz ainda mais sério. "Nem pensem em atrapalhar minha aluna!" estufei o peito, mas por dentro eu só me perguntava "É sério? Sua aluna?".

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– Ações: Em Combate

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  ??    -1 
– Ações: Soco;

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– Ações: Avançar;

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"É o que!?" as palavras de Nara o deixaram completamente imóvel por um instante, tempo este que foi bem aproveitado pela garota para seguir com um chute em sua canela, desestabilizando o rapaz e o fazendo cair com as pernas onde estava a cabeça e a cabeça onde estavam os pés, desenhando um arco com o próprio corpo.

Quase sem consciência, ele permaneceu no chão, e, ao olhar para o lado – O incrível eu estava sentado em cima dos dois garotos derrubados no chão depois do catiripapo que eu dei neles, eu olhei para Nara e mandei um sinal de joia em aprovação.

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– Ações: Em Combate

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  -75    ?? 
  ??    -1 
– Ações: Apanhar;

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Abanando as mãos, me levantei, limpando a poeira de minhas vestes, com os olhos cerrados e um sorriso no rosto. "Não será necessário, aposto que não vão mais causar por aqui, com uma lutadora tão assustadora como você" fiquei de pé e dei uns passos na direção da entrada do dojo.

"Malditos!! Eu vou contar tudo pro meu pai!" gritou o primeiro que se levantou, puxando o outro e depois o terceiro foi correndo atrás completamente desesperado, deixando Nara e Handa para trás.

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• Experiência: 3/5 (+6 XP)

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Mesmo não concordando com as orientações de seu mestre, Nara decidiu acatar e permitir com que fugissem. "São apenas encrenqueiros, não serão problema" era a resposta do mestre. Ele seguiu na direção do Dojo, e, após ouvir as palavras de sua aprendiz, ambos continuaram na direção dos portões.

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• Experiência: 5 (+5 XP)

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É tarde, uma semana após o ocorrido. Nara havia acabado de realizar uma intensa faxina no Dojo. Organizado os bonecos, limpado o chão e encerado todas as armas de treino de Handa. Ela estava exausta, e, além de tudo, irritada pois não havia tido uma única aula com Handa desde que havia se auto declarado sua aprendiz. Nos últimos sete dias ela apenas cumpriu atividades e tarefas simples a mando de seu mestre. Ela começava a se questionar, mas tinha que terminar de guardar as ferramentas de limpeza...

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Com a mesma carinha de despreocupado de sempre, uma mão esfregando a nuca e a outra carregando uma sacolinha de caquis eu ouvi a jovem Nara me chamando. "Pois não?" perguntei calmamente, enquanto por dentro sentia uma aflição de não saber o que estava prestes a vir.