Aventura: O Paraíso Infernal

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– Onde já se viu um Yokai e um humano viajando juntos! – a voz ecoou na cabeça de Sakamoto que sentia uma forte brisa em seu rosto. Suas roupas se agitavam agressivamente e a sensação de estar nas nuvens se fez completamente presente ao abrir os olhos e ver um oceano esbranquiçado em seu rosto. O desespero durou um instante e se intensificou ao reparar em asas balançando. Alguém o agarrava e estava... VOANDO!?

Mesmo se chacoalhando a criatura não o largava – Pare! Vai nos derrubar! – ele disse, conforme desceu e desceu até Sakamoto enxergar uma floresta luminosa, com cores vibrantes e uma aura desconhecida. A criatura rasgou a floresta e desceu até o solo, derrubando Sakamoto no chão. A coisa foi caminhando até uma pedra, na qual saltou e se sentou sobre, puxando um cachimbo e em um instante, projetou uma chama na sua ponta, acendendo-o e fumando, como mágica...

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– Ações: N/D

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– Quem sou eu! – ele perguntou, dando uma longa tragada e depois projetando uma nuvem de fumaça por seu bico. Porém, algo chamava a atenção de Sakamoto. A fumaça não era comum, ou pelo menos pela forma que ele soprava. A fumaça ia rodopiando como pequenos redemoinhos fazendo curvas e mais curvas até se dissipar.

– Eu sou o grande Daifukuzan! Guardião do portão leste – ele disse, com o peito estufado e esperando que o próprio Sakamoto já tivesse ouvido falar dele...

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– Ações: N/D

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– O que?! – ele questionou, tossindo fumaça que agora saia em forma de chamas e fogo. Fagulhas luminosas de fumaça branca que voavam para longe e se dissipavam, era uma cena verdadeiramente incomum.

– E você ainda se diz um Yokai, essa juventude não sabe de nada! – ele reclamou, derrubando as cinzas do cachimbo e o guardando em uma pequena algibeira em sua cintura. Depois, da mesma algibeira ele retirou uma cuia, retirou a tampa com o bico e deu uma farta golada no que parecia ser saquê – De qualquer forma! Você foi trazido até aqui pois aqui é o seu lugar... E eu preciso de um favor –

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– Ações: N/D

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A criatura deu uma farta risada, rindo e rindo até tossir. Ele bateu no peito para recuperar o ar. Deu um pigarro e engoliu seco. Depois, com uma feição mais gentil e curiosa ele falou olhando para Sakamoto.

– Gurararara! Você é engraçado garoto – depois, ele ergueu o dedo indicador, começando a girá-lo em pleno ar até projetar uma nuvem arco íris que gerou uma imagem no ar de um colar de cristal – Aquela maldita Jorogumo roubou meu colar, eu gostaria que você fosse pegar com ela –

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– Ações: N/D

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Ele ergue a mão, revelando a palma e começa a abanar a fumaça, dissipando ela enquanto fazia um gesto de "não se preocupe".

– Não esquente com isso, apenas traga-o dentro de seu involucro e deve ficar bem – bebeu mais um pouco de saquê. Estranhamente já parecia ter consumido muito mais do que aquela pequena moringa poderia conter – A Jorogumo é a mãe das aranhas, vai me dizer que também não conhece? –

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– Ações: N/D

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Ele riu depois de ouvir a resposta de Sakamoto. As mãos da criatura velha foram de encontro as barbas grisalhas dele. Ele as alisava da base até a ponta com um rosto pensativo.

– Gurarara! Você será recompensado, mas falamos quando você voltar, agora arrede o pé! – ele fez um gesto com as mãos de "sho sho" para que Sakamoto fosse logo ao objetivo.

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– Ações: N/D

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– Gurarara! – ele riu mais uma vez, guardando a moringa e puxando o cachimbo, invocando suas chamas coloridas mais uma vez. A criatura deu uma tragada profunda e a soprou em forma de arco íris.

– Siga a fumaça até ver a montanha, depois siga na direção dela até encontrar a caverna! – ele falou e a fumaça começou a voar na direção de Sakamoto, rodeando ele e seguindo por uma trilha em meio a floresta.

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– Ações: N/D

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– Boa sorte, Sakamoto! – e ao dizer aquelas palavras, começou a rir fazendo sua voz ecoar pela floresta. Após alguns passos e ao olhar para trás, Sakamoto percebeu que ele havia desaparecido. O Meio-Yokai então seguiu a trilha por alguns minutos, a floresta era densa, mas havia algo estranho nela. A vegetação era muito colorida, havia a presença de brilhos e ares estranhos. A estrada seguia cortando a floresta, mas, Sakamoto também poderia optar por viajar pela mata e se manter escondido.

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Sakamoto então decide não seguir pela estrada, ele chega a conclusão de que se esconder na mata o deixaria mais seguro, e assim o fez. O jovem espadachim seguiu pela mata, caminhando pela grama baixa e pelos caminhos que a própria floresta o permitissem seguir. Ele continuou por alguns minutos ate se deparar com uma enorme flor no meio de seu caminho. Ela tinha uma grande abertura no centro, repleta de pólen, e, ao redor folhas que mediam quase meio metro.

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Sakamoto sabiamente decide ignorar aquela flor misteriosa. Porém, ao avançar pela floresta ele reparou algo estranho. Na árvore ao lado, havia outra daquela flor. Mais adiante havia outra e numa pedra, mais uma, e mais outra. Aquele local estava repleto daquelas flores e por algum motivo ele tinha a sensação de que estava sendo observado.

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Olhando ao redor, Sakamoto procurava perceber algo de estranho, porém nada parecia extremamente fora do normal. Afinal, as árvores eram estranhas, as aves nos galhos eram estranhas. Os ninhos eram estranhos e até a grama era estranha, porém, conforme ele olhava para as plantas, percebia um estranho movimento nelas. Era como se crescessem e diminuíssem lentamente.

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Sakamoto levado pela curiosidade em investigar aquela flor misteriosa usa sua lâmina para fazer um corte. A incisão precisa causa uma reação sobrenatural naquela planta. Ela se contorce e produz um som grotesco, como se estivesse sentindo dor. A flor exala uma nuvem de fumaça amarela que faz com que Sakamoto caia no chão sem conseguir mover seu corpo. Enquanto caído ele ouviu chiados e seus olhos perceberam serpentes se movendo na sua direção.

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– Ações: Correr;

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Sakamoto jazia caído no chão feito trapos, seu corpo imobilizado pela insidiosa nuvem de gás venenoso emanada daquela rosa gigante e misteriosa. As serpentes, sinistras e famintas, rastejavam em sua direção, soltando chiados ameaçadores e exibindo suas presas letais. Enquanto se aproximavam, o Yokai percebeu que essas serpentes não eram como as comuns que já havia enfrentado. Eram criaturas de tamanho avantajado, suas escamas brilhavam como um arco-íris, destacando-se em meio ao verde da grama que as cercava. Movido por uma força interior inabalável, Sakamoto reuniu suas últimas reservas de energia e rompeu o domínio paralisante que o gás venenoso havia imposto sobre seu corpo. Com uma determinação inquebrantável, ergueu-se novamente, desafiando as adversidades que se apresentavam diante dele. Agora de pé, encarou as serpentes com olhos resolutos, ciente de que sua luta estava longe de acabar. As serpentes, cada vez mais próximas, mantinham sua postura agressiva. Suas línguas bifurcadas dançavam no ar enquanto expressavam sua sede insaciável de sangue. Apenas cinco metros separavam Sakamoto do perigo iminente. Ele sabia que precisava agir rápido e com precisão.

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• Experiência: 1/5 (+2 XP)

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– Ações: Correr;