Aventura: Os Bandidos do Sul

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A brisa gentil balançando seus cabelos e soprando contra a pele em seu rosto o fez despertar. O jovem samurai, de olhos virados para o céu viu a copa da árvore sob a qual repousava. Seu estômago começava a roncar. Ele havia viajado por alguns dias sem nenhum rumo, desde que abandonou seu último lar onde trabalhara como ajudante de marceneiro para ganhar seu arroz diário.

Sakamoto era jovem, determinado, porém sua aparência e sua linhagem o faziam não ser bem aceito pela sociedade. Ele tinha o sonho de encontrar significado em sua vida, talvez um novo mestre para lhe ajudar a trilhar o caminho da espada, mas primeiro, ele precisava sobreviver.

Sentado sobre a grama o rapaz olhou ao redor, de cima da colina onde descansava. Foi então que ele avistou uma fazenda nos campos gramados ao norte, ela estava longe, talvez uns cinco quilômetros de distância.

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Com a noite inteira pela frente e tempo de sobra, Yukimura consegue acender uma fogueira, porém ele não tinha uma panela e nenhum utensílio que o permitisse esquentar água, tampouco ervas para preparar um chá.

Os espadachins viajantes aproveitam a pausa para descansar um pouco. Haviam comido na casa do fazendeiro então podiam aguentar até o amanhecer para comerem novamente, entretanto seus corpos estavam cansados e eles precisariam de uma noite inteira de sono para se sentirem revigorados.

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De frente para a fogueira os dois viajantes tentaram descansar. Eles conversaram por um bom tempo até sua barriga falar mais alto e os obrigar a dormir para não passarem fome. Yukimura e Sakamoto tentaram descansar, apesar de que seria difícil dormir no chão duro e na grama seca. Embora Sakamoto precisasse apenas de um pano para se sentir confortável, nem isso ele tinha.

A noite fora longa, eles tentaram descansar por algumas horas quando o som de um galho se espatifando na calada da noite fez os dois acordarem ao mesmo tempo. A fogueira jazia apagada, o frio era intenso e a penumbra os impedia de enxergar mais de cinco metros adiante.

O som misterioso havia sido breve e repentino, mas, mesmo que cessado não os deixava em paz. Ambos engoliram seco e sentiam que estavam sendo observados.

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O som do estalo repentino os despertava, com uma conversa breve eles se alinharam e decidiram investigar os sons. Sakamoto foi na frente mas Yukimura não se amedrontou, ele avançou em conjunto com seu colega espadachim e ambos penetraram na escuridão da floresta em busca do desconhecido.

A escuridão a espreita os fizeram desacelerar o passo, nada acontecia, até que um grunhido os fez se alertarem. Algo os encarava a pelo menos oito metros à direita. Sakamoto foi o primeiro a perceber, logo depois Yukimura. Ambos contemplaram os olhos brilhantes que refletiam o luar, depois viram a pata da besta raspar a terra como se estivesse preparando uma investida. A criatura tinha pelo menos um metro de altura e arfava.

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– Ações: Espreitar;

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Apesar de Yukimura dizer para Sakamoto sacar sua espada, o espadachim não hesitou nem por um segundo. Ele avançou na direção da besta com sua espada empunhada. Ambos investiram um contra o outro. O animal feroz de olhos vermelhos e o espadachim ousado de cabelos claros.

O Javali saltou e Yukimura desferiu uma estocada certeira, o crânio do animal fora perfurado e sua vida ceifada em menos de um segundo, um ataque letal que fez a criatura rugir de forma breve, caindo no chão morta.

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– Ações: Morrer;

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Mesmo com seu sorriso fodástico Yukimura ainda precisaria usar a ferramenta adequada para cortar a carne do animal. A fogueira estava apagada então alguém precisaria acender ela para que ambos pudessem assar a carne.

A noite estava fria e não parecia uma boa ideia sair por ai caçando lenha em meio a escuridão, o que será que os espadachins fariam nesta situação?

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Sakamoto passou os próximos minutos coletando algumas pedras. Depois ele foi atrás de gravetos e folhas secas. Apesar do despreparo e da falta de habilidades em lidar com o ambiente hostil da natureza, ele conseguiu se superar e improvisar uma fogueira. Ao gerar atrito entre gravetos e algumas pedras ele projetou faíscas e conseguiu acender a fogueira novamente. O frio era eliminado pela fogueira e agora eles só precisavam preparar a carne do animal.

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A lâmina não era adequada para o serviço, mas ainda assim o jovem Yokai se dedicou em, de alguma forma, fatiar o javali da melhor forma possível. O couro foi removido e dois grandes pedaços de bifes foram cortados pelo javali. Depois, foram levados ao fogo e em apenas alguns minutos já estavam cheirando muito bem.

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E reunião dos viajantes se fez breve, ambos descansaram durante aquela noite. Com o estômago cheio de carne de javali e um bom papo que os fez pegar no sono em apenas alguns minutos. Eles precisaram de dez horas de sono inteiro para descansarem devido ao chão péssimo, talvez nem acordassem dispostos a continuar sua aventura e repleto de dores... Mas não foi isso que aconteceu.

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• Experiência: 5 (+5 XP)

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Yukimura abre seus olhos e ao olhar ao redor não havia sinais de seu companheiro. A fogueira estava apagada e rastros de alguém sendo arrastado o levava direto para o sul. Seriam os bandidos que sequestraram seu companheiro? Quem poderia saber.