Aventura: Os Bandidos do Sul

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A brisa gentil balançando seus cabelos e soprando contra a pele em seu rosto o fez despertar. O jovem samurai, de olhos virados para o céu viu a copa da árvore sob a qual repousava. Seu estômago começava a roncar. Ele havia viajado por alguns dias sem nenhum rumo, desde que abandonou seu último lar onde trabalhara como ajudante de marceneiro para ganhar seu arroz diário.

Sakamoto era jovem, determinado, porém sua aparência e sua linhagem o faziam não ser bem aceito pela sociedade. Ele tinha o sonho de encontrar significado em sua vida, talvez um novo mestre para lhe ajudar a trilhar o caminho da espada, mas primeiro, ele precisava sobreviver.

Sentado sobre a grama o rapaz olhou ao redor, de cima da colina onde descansava. Foi então que ele avistou uma fazenda nos campos gramados ao norte, ela estava longe, talvez uns cinco quilômetros de distância.

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Yukimura sem nem pensar duas vezes, movido por seu instinto de combate e nobreza, desembainhou sua espada e partiu na direção de Sakamoto. Os guerreiros se entre olharam por um segundo, as espadas sibilaram e o encontro das lâminas projetou uma faísca.

A garota ao lado de Sakamoto mal teve tempo de reagir, quando as lâminas se encontraram, e, Yukimura quebrou a postura de Sakamoto, resvalando o fio de sua espada por cima do ombro e perfurando o jovem Yokai.

– E-espere! Não! – gritou a jovem fazendeira ao ver o ataque contra o ronin viajante.

• Sakamoto: -45

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Após seu corte, Yukimura recuou por um instante, percebendo o avanço de Sakamoto que contra atacou desferindo um corte em sua direção. O ronin viajante tentou aparar o golpe, porém as lâminas se chocaram e geraram atrito. As espadas começaram a raspar uma contra a outra e Sakamoto aproveitou uma brecha para defletir sua lâmina contra o peito de Yukimura.

O sangue tingia o ar, a garota que estava ao lado era banhada no sangue de Yukimura. Ambos os espadachins tinham um segundo para respirar, o sangue ainda escorria quando ambos voltaram a se encarar.

– P-por favor parem! – gritou a jovem fazendeira ainda em choque com aquele combate inesperado.

• Yukimura: -95, Postura -2

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Depois do poderoso golpe contra o peito de Yukimura, o Yokai Sakamoto continua com sua ofensiva. Desferindo um corte na direção de Yukimura, que bloqueia o golpe com sucesso, fazendo Sakamoto recuar. Depois, o samurai de cabelos claros revidou com uma estocada, mantendo uma troca de golpes em grande brevidade. As espadas se tocaram mais uma vez e Sakamoto evitou o ataque de Yukimura, sofrendo em sua postura. Entretanto, Yukimura sente seu corpo fraquejar ao ter uma Quebra de Postura, devido ao cansaço pela sequencia de golpes sem descanso.

– Francamente! Por que estão lutando? – a garota berrou, batendo as pernas e correndo na direção da árvore, onde ao lado havia o poço.

• Sakamoto: Postura -1
• Yukimura: Postura -3, Defesa -50%

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O combate era breve, ambas as espadas estavam encharcadas em sangue. O silêncio predominava após a rápida troca de palavras. Os guerreiros se encaravam, e, naquele momento após o calor do combate talvez surgisse algum tipo de respeito mútuo.

A jovem fazendeira vinha correndo com um balde em suas mãos, pronta para atirar na direção dos espadachins, porém, percebeu o fim do combate e apenas o largou no chão suspirando em alívio – Vocês estão malucos? – gritou raivosa.

– Vamos! Entrem logo! Vou cuidar da ferida de vocês – a garota esbravejou, cruzando os braços e franzindo o cenho.

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• Experiência: 5/5 (+10 XP)

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Acenando positivamente com a cabeça a jovem fazendeira foi caminhando na frente, parando próxima da porta para se virar aos espadachins e comentar – Primeiro eu vou falar com o meu pai – e então passou para o lado de dentro.

Durante alguns minutos nada pôde ser ouvido, somente o silêncio vergonhoso que ocorria enquanto os ronins se encaravam sem dar uma única palavra após seu confronto. Foi então que a paz foi quebrada por um estridente – O QUE!? – e a conversa retornou ao tom normal, sem que os dois pudessem ouvir.

A porta se abre depois de mais alguns minutos – Por favor, entrem! – a garota disse, sorrindo e abrindo a porta para os viajantes.

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Ambos adentravam o recinto meio cabisbaixos, encontrando a jovem fazendeira com um sorriso amarelo e o velho fazendeiro com um olhar extremamente crítico para Sakamoto, mas nenhuma palavra foi dita.

Ao sentarem-se nas humildes zabuton que estavam na sala a garota foi caminhando na direção de uma porta para outro cômodo aos fundos, parando pouco antes da porta para se virar e dizer num tom mandante – Irei pegar as bandagens, removam as mangas de suas roupas! – ela pôs ambas as mãos na cintura, depois passou pela porta.

Enquanto isso, o velho fazendeiro que não tirava os olhos de Sakamoto aproveitou o momento para, contra sua vontade, buscar duas tigelas de sopa de cenoura que estava pronta há algum tempo – Comam, vai ajudar! – Depois, sentou-se de frente para os convidados, com as pernas dobradas e um olhar crítico.

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Os dois espadachins degustaram daquela sopa. Beberam até a última gota e sentiram-se satisfeitos e ligeiramente recuperados – Deixem-me ver as feridas! – disse a garota, se aproximando com algumas bandagens e uns remédios macerados.

Ela passou os próximos minutos esterilizando as bandagens com o remédio e aplicando diretamente na ferida de seus corpos.

• Sakamoto & Yukimura: +75

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Eles se alimentaram e descansaram por algum tempo. Os viajantes agora entendidos puderam enfim se despedir de seus cuidadores e também contratantes. A jovem fazendeira fez questão de os escoltar até os portões da fazenda. Lá, ela se despediu e permaneceu os observando até sumirem no horizonte.

Yukimura e Sakamoto agora tinham um destino em conjunto, viajar para o sul e encontrar o tal acampamento dos bandidos. Eles tinham a sua frente uma longa estrada que cortava os campos e colinas.