Aventura: Segunda Chance

Não tinha ainda me acostumado com esse novo corpo, era estranho, mas, ao mesmo tempo, libertador, conseguia sentir um poder estranho fluindo todo meu corpo, apesar de sentir que a vida ainda seria dura daqui para a frente, só conseguia sorrir, afinal, ela sempre foi dura desde que nasci.

Me espreguiçando, soltava um sonoro — Nyah..! — Abrindo um largo sorriso quando ouvia a confusão. Seria a primeira vez me alimentando, sabia que seria nojento, contudo, o extase e fome estava me fazendo ficar otimista sobre a ideia. Pegando minha Katana, começava a andar calmamente, tomando cuidado com os raios de sol enquanto me locomovia pelas sombras das árvores, me aproximando o mais perto que podia do som de um verdadeiro banquete.  

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Minhas ações eram limitadas pela ação do sol da tarde, me fazendo pensar em como queria aquele capuz para mim se tivesse a chance de encontrar este ser novamente e rouba-lo para mim. Uma certa angustia saia de mim observando que não tinha mais como me aproveitar daquela carruagem e conseguir uma boa alimentação, mas, nada me impedia de ver o desfecho daquele breve história. Me sentando, observava de longe, tentando ver se conseguia uma pista sobrea a raça do ser encapuzado durante seus movimentos da batalha.

- Katana
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Vendo que o sol começava a se por, dava um grande sorriso, mordendo a ponta de minha unha conforme ria suavemente — Vamos testar esse novo corpo. — Me levantando, flexionava minhas pernas, colocando toda minha força contra a terra em uma ação Atlética, impulsionando de uma vez só para dar uma grande salto em direção do homem. Se a execução fosse bem feita, conseguiria chegar perto o suficiente com o salto, usando a oportunidade para desferir um golpe com minha katana, dando um corte de cima para baixo contra o torso do encapuzado.

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Isso foi muito... legal! — Pensava comigo mesmo, sentindo minhas pernas doerem um pouco da queda, rapidamente tentando me levantar e aproveitando a pouca distancia para dar uma forte estocada contra o alvo, tentando ser o mais rápida possível para pega-lo ainda no solo e conseguir alguma vantagem nisso. O sorriso estampado na minha cara me deixava surpresa, por algum motivo, estava realmente curtindo isso.

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Pouco a pouco a adrenalina só fazia meu corpo ficar mais rápido e mais intenso, o sorriso em minha boca se tornava enorme e talvez até mesmo assustador, não conseguia dizer por mim mesma. Virando por conta da defleção do meu ataque, rapidamente voltava a minha posição original a tempo de bloquear o golpe do encapuzado lateralmente, usando minha força para empurrar sua lamina para trás ao apoiar ambas as mãos, tentando abrir uma brecha para recolher a Katana em grande velocidade, ajeitando seu fio ligeiramente e Estocando para frente mais uma vez em direção de seu peito!

- Katana
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Hehe~ Isso foi divertido... Não achei que foss.. — Conforme falava ao estocar o homem e retirar a espada de seu peito, Misakiestava levemente ofegante por conta de toda movimentação, acabando por passar a língua na parte inferior de seu queixo, tocando no sangue e experimentando algumas gotas do mesmo... Um sentimento inovador e viciante começava a tomar conta do seu corpo em uma mistura viciosa de prazer, pecado e exploração do plano desconhecido — O que é isso...? — Lambendo mais um pouco, a pupilas dos olhos começavam a se tornar turvas assim como sua consciência, a pequena Oni rapidamente começava a se perder nos sentimentos

Ah... Ah...! Ah!!! Que merda é essa?! — Os pensamentos ardiam em sua mente tentando combater aquele sentimento, sabia que teria de se alimentar uma hora ou outra de pessoas e animais, contudo, pensar que somente uma gota poderia fornecer um extase tão grande, já deixava todo seu corpo completamente dormente e em negação apesar dos instintos falarem mais alto. Começava a cambalear para trás, tentando se segurar na carroça, todavia, o sentimento era muito intenso, quando menos percebia, ou se quer conseguia perceber, já estava ajoelhada perto do corpo do homem, dando a primeira mordida e rasgando sua garganta, começando a comer pedaço por pedaço sem parar, pegando a Wakizashi para auxiliar nos cortes e conseguir comer mais rapidamente e sem dificuldades.

Como é possível algo assim ser tão bom? Misaki não conseguia entender, somente se entregando a todo aquele misto de emoções e irracionalidade. Já não sabia o que estava fazendo ou dizendo mais, não estava sobre controle do seu corpo, só conseguia observar enquanto seu corpo se movia sozinho em uma visão turva, como se fosse um sonho. Em poucos segundos, já estava indo em direção do corpo dos guardas depois de terminar com o homem encapuzado, começando a come-los também, deixando para trás somente carcaças irreconhecíveis de sangue no chão, rasgando a carne e alimentando-se como em um banquete alucinante.  

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Minha mente ainda estava confusa e embaralhada por tanto tempo em transe, meu corpo estava banhado em sangue, mas, eu só conseguia sentir uma grande satisfação nisso, mesmo que nojentos, os corpos estavam deliciosos e não conseguia negar isso por mais que quisesse, ser um Oni realmente era uma experiência que não estava pronta para gostar... Mas já que aqui estamos.

Soltava uma larga risada, pensando em como cada um daqueles homens me destrataria ou até mesmo teria apoio de outros para me matar se simplesmente quisessem, por que são homens e sou uma simples mulher, só de pensar nisso fico de nojo, todavia, agora com esse poder, posso decidir de fato meu próprio destino, não sou homem nem mulher, sou Oni!

Pegando os itens com exceção do Cantil que julgava sem utilidade, voltava minha atenção para o "elefante" na sala. A carroça. Me aproximando lentamente da mesma, abria sua porta para ver sobre o que o homem encapuzado estava indo atrás para matar tantos guardas.

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Ehh! É assim que trata a sua salvadora? Que falta de modos... — Falava aquilo com um sorriso no rosto, dando uma leve risada enquanto elevava minha mão, me aproximando com calma — Shhhh... Se acalme, eu já matei ele, pode ficar tranquila.... — Dizia enquanto me aproximava da faca, caso ela não tentasse me furar de alguma forma, desviaria o meu caminho em direção de seu cabeça, fazendo um leve carinho em seus cabelos e o manchando do sangue que estava sobre a minha mão — Já passou certo? Fufufu... — Estava me divertindo, mesmo não sabendo o quão bizarra poderia estar naquela forma banhada em sangue.



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Mais de um é? Ele deve ser meio sádico, viu eu comendo o parceiro dele e nem fez nada hehe~! — Dava um leve risada, pegando duas Pastilha de Cura e dando na mão da mulher — Acha que consegue sobreviver? Não sou boa com primeiros socorros, só tenho isso para te ajudar. — Dava um leve sorriso diabólico ignorando completamente a criança, não por querer, somente por impulso. Me afastava um pouco, saindo da carroça e olhando nos arredores, tentando identificar se mais alguém estava ali perto brevemente com minha visão, se não conseguisse, tentaria pelo cheiro, farejando como um Lobo caçando sua presa.

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Que chato... Eu não posso cuidar de uma criança sabe, não sou uma mãe, hehe~ Quer que eu a mate e poupe ela de ser caçada? — Indagava a mulher sacando minha Wakizashi, não de uma forma ameaçadora, segurando a arma com pouco cuidado, indicando mesmo como uma oferta — Apesar que ela parece deliciosa... Talvez eu a coma... Garotinha, você quer que ficar com sua mamãe certo? Se eu te comer, ambas vão ir para o mesmo lugar — Continuando sorrindo, ficando excitada com a ideia de comer a garota.

Não tinha interesse em cuidar da mesma, até por que, assim que chegássemos em Utakata, seria um verdadeiro saco para entregar a mesma em segurança sem ser morta pelos guardas, porém, sabia que se a mulher me desse alguma coisa útil, alguma coisa que me faça enxergar que valha a pena salvar a criança, talvez o faria...

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Seus parentes estão tão perto e você vai morrer aqui? Que lamentável, tem certeza que não quer nem tentar? — Dava a Pastilha mais uma vez, tocando no ombro da mulher e vendo se tinha algo que poderia fazer sobre o ferimento — Humanos são tão frágeis... Sei por que já fui uma... — Queria salvar a mulher, não sabia bem o motivo, talvez por simpatizar com seu generoao qual abandonei a tão pouco tempo.

Olhando em direção do que agora sabia que era um garoto, perguntava — Guerreiros não prestam, seja um Samurai que joga sujo, é bem mais divertido e vai te deixar vivo mais tempo hehe! — Dava uma leve risada, zombando da criança e de como todos seguiam uma grande hierarquia chega de regras e honras... E como aquilo só colocava as mulheres para baixo e deixavam que homens com o ego acima de sua capacidade, fizessem o que bem entendem pelo mundo sem serem punidos.

- Katana
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Aquele tom melancólico não combinava nada comigo desde que me transformei, apesar de já ter sido humana e conseguir de certa forma simpatizar com os sentimentos, todavia, parecia que algo dentro de mim havia morrido, não conseguia chorar ou sequer fazer um rosto triste apesar das lagrimas do garoto... Será que se eles fossem onis seria diferente para mim? Não sei dizer...

Aguardava o garoto chorar mais um pouco, saindo da carroça e o esperando quanto tempo ele precisasse. Não havia muito o que ser feito, não tinha palavras para lhe confortar e enquanto ele estivesse na carroça, estaria um pouco mais seguro do que ali fora comigo, visto que as flechas poderiam vir a qualquer momento.

- Katana
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