Finalizado: A Casa Abandonada

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Há aproximadamente duas semanas um misterioso viajante ouviu boatos de uma misteriosa criatura aterrorizando um pacato vilarejo ao norte de Honshu, uma vila nas montanhas que faz fronteira com a famosa vila de Utakata. Não havia como aquilo estar relacionado com o paradeiro de seu pai, porém, Haru descobriu que a tal criatura já havia causado a morte de inúmeras pessoas, incluindo crianças.

Era madrugada, as ruas estavam completamente vazias. Os passos sutis e rasteiros de Haru mal chamavam a atenção no silêncio obscuro em plena noite. Ele caminhou pela estrada e assim que botou os pés no vilarejo sentiu uma aura estranha naquele lugar, algo não estava certo.

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Os movimentos do feiticeiro aprendiz eram rápidos. Talvez sua arrogância em o fazer subestimar seu 'adversário" o fizessem pagar nos próximos instantes. Ele salta sobre a criatura e da dois passos até agarrar seu bastão. Ao olhar por cima do ombro ele percebe aquela coisinha desacelerando até parar.

Estático no centro do templo a criatura se vira lentamente na direção de Haru. Sua boca se abre lentamente e em um segundo ele começa a gritar. Não era um grito igual ao de um animal que berra para assustar ou chamar outros de sua espécie. Era um grito de terror, que não produzia som mas fora capaz de ensurdecer Haru. Ele sentiu sua cabeça vibrar e o chiado agudo do som que não existia o fez querer arrancar os ouvidos. Ele caiu de joelhos e a visão ficou turva, mas nada ouvia além do ruído constante da surdez.

Naquele momento ele enxergou uma vela, um quarto escuro e o diabo por cima da vela. A imagem de um demônio sem face e sem forma, algo que o atormentou de uma forma que nunca jamais havia sentido. Aquela alucinação que durou apenas alguns instantes logo se desfez, sua respiração estava ofegante e a criatura parou de berrar.

• Haru: -40 -40

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– Ações: Andar

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Haru teve que usar todas as suas forças para se colocar de pé e recuar. Seu corpo não respondia direito, mas com esforço e perseverança ele conseguiu se levantar e afastar da criatura.

Seus olhos custaram a encarar o templo mais uma vez. Lentamente ele recuperava a visão, mas ao olhar mais uma vez para o templo. A criatura se dissipou em pleno ar.

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– Ações: Dissipar

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Haru se questionava das visões estranhas que havia sofrido. Ele segue na direção do templo vazio e começa a olhar ao redor, buscando algum sinal daquela criatura misteriosa. De alguma forma, ele sentia que ela ainda estava presente. Era uma presença intimidadora, pesada e ao mesmo tempo melancólica e deprimida. Ele sabia que a criatura ainda estava ali.

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– Ações: Dissipar

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Haru fechou os olhos, confiando somente e plenamente em seus instintos e em sua sensibilidade do astral. Ao fechar os olhos ele sentiu uma aura densa e muito poderosa. Era como se mãos astrais estivessem o circulando, quase o agarrando. Como se um rosto malicioso o encarasse por cima do corpo e estivesse prestes a o agarrar. Quando Haru se deu conta desta proximidade, abriu os olhos em desespero, quase saltando. A criatura estava novamente de frente para ele.

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– Ações: Ressurgir

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Haru faz um movimento estranho. Sua mão avançava na direção do bastão, porém, no meio do caminho ele fez uma curva e agarrou o pedaço de papel, na verdade era um selo de purificação. Um dos poucos que ainda lhe restavam. Com um movimento impetuoso ele ergueu o selo na direção do fantasma e com uma prece o papel começou a queimar. O espírito que avançava na direção do feiticeiro começou a brilhar cada vez mais e no instante em que o selo havia se consumido por completo, ele não mais existia naquele ambiente. Haru sentiu a leveza retornar ao templo.

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Com suas habilidades de feiticeiro, Haru realizou um breve exorcismo, utilizando um selo de purificação para afastar o espírito que assombrava o templo. Após o confronto, uma sensação de alívio tomou conta dele, permitindo que respirasse profundamente e apreciasse a tranquilidade restaurada ao local que antes parecia estar amaldiçoado. Dedicando um tempo para investigar mais a fundo, Haru percorreu o templo em busca de pistas sobre a identidade do espírito e qualquer indício de passagens secretas que pudessem existir. No entanto, suas esperanças foram frustradas, pois não encontrou nada além das decorações e estátuas religiosas que adornavam o ambiente.

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Haru usa sua força para mover a estátua, ele consegue empurrar ela apenas alguns centímetros. No chão abaixo da estátua não havia nada, somente uma marcação mais clara, pois o piso estava preservado por conta da estátua. Ele faz o mesmo com algumas peças e móveis no cenário e não encontra nada, o templo parecia estar em paz, finalmente...

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O encontro havia sido breve e peculiar, Haru sentia-se realizado por ter trazido paz àquele espírito, mas no fundo ele sentia que algo estava errado. O feiticeiro desceu a estrada na direção da cabana do velho. Por ser perto do templo, não tardou em encontrá-la. Diante da porta, Haru só precisava bater e aguardar uma resposta.

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Toc toc toc... três batidas leves, ecoavam, provocando um incomodo barulho em plena madrugada. A brisa gentil fazia Haru sentir o frio da noite em sua pele. Nenhuma resposta. Talvez ele devesse procurar algum lugar para passar o resto da noite, seus olhos começavam a ficar cansados.