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Noticias
— Atualizações de Utakata
Recentemente algumas pessoas relataram mortes misteriosas ocorrendo em Utakata. Um assassino misterioso teria invadido a moradia de um nobre e assassinado toda sua família.

Ao leste de Utakata, movimentação estranha foi observada, soldados samurai de alguma nação vizinha pareciam estar se organizando não muito próximo da província.
Clima
— Outono, 1582
No Outono, Ervas Vermelhas nascem em abundância. Com um teste fácil de Sobrevivência (CD 5) você pode encontrar algumas!

Cuidado com os feras selvagens, elas costumam caçar presas fáceis que buscam por comida no outono.

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Qui Jun 08 2023, 09:16

A Dama Pintada
Ren – Utakata, Manhã
O vento gélido toca sua pele, em contraste com a luz quente do sol que se faz presente durante toda aquela manhã. No céu havia nuvens, mas não o suficiente para bloquear a imposição do deus do fogo.

Suas vestes dançam com o vento, a jovem encarava um velho túmulo que visitava pelo menos uma vez ao ano. Suas mágoas, seus receios e suas inseguranças, era ali que ela os abandonava, disposta a viver uma vida de constante provação.

Diante do túmulo de seus pais, sempre que os visitava, era a mesma coisa. Uma sensação de tristeza e perda, como qualquer luto, mas depois vinha algo além. A aflição de sentir que algo não está encaixado, que algo não é como deveria ser, lembranças que se entrelaçavam em sua cabeça lhe deixavam confusa. Ela estava completamente imersa num caos que apenas a mesma conhecia.

Seus olhos eram inexpressivos, Ren, a jovem que visitava o túmulo os encarava por minutos, as vezes horas. Ela teria permanecido lá por mais algum tempo não fosse uma voz conhecida ecoando ao longe:

Katayama Ren! – era a voz de um homem, imponente e grave, ao se virar pôde perceber. Hasashi do clã Kyogoku, um velho amigo da família dos Katayama, conhecido como o grande Jonin do clã Kyogoku, parado diante da  trilha que levava até o túmulo dos pais de Ren, ele esperava.

Ren
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Qui Jun 08 2023, 18:57



Post O1/O1
Tal qual dedos gélidos de um corpo sem vida, senti o vento matinal acariciar minhas bochechas, como se quisesse secar as lagrimas que surgiam em meio a angústia de lembranças distantes. Um passado que nunca foi meu.

Otousama… Okaasama… — Senti o cheiro da terra assim que meu tronco curvou-se e a testa tocou o chão, de joelhos dobrados e sentada sobre as próprias pernas curvei-me três vezes. A primeira em respeito a meu pai. — Perdoe-me por não honrar seu nome por meio de um grandioso casamento, porém, que a espada por mim empunhada seja fonte de orgulho para o nome Katayama.  — A segunda vez foi para minha mãe. — Perdoe-me por não seguir o caminho que escreveu para mim, mas não desejo me tornar um pássaro enjaulado. Que a estrada escolhida por esta minha vontade egoísta lhe traga felicidade. — E a terceira, para alguém que jamais conheci. — Perdoe-me por não permitir que esta linha vermelha se estenda, por não deixar este sentimento fluir. — Meu rosto ergueu-se e no céu fixei o olhar, como se ali pudesse encontrar algum amparo. — Mas por favor, quebre este laço que me une a alguém, pois esta amargura que é amar, tornou-se dolorosa demais para suportar.

Repetia cada ação e palavra todas vezes que estive ali, como um mantra que deveria ser entoado, seguia tal ritual na ânsia de ser perdoada, no desejo de esquecer um amor por aquele que jamais encontrei. Os segundos viravam minutos e estes transformaram-se em horas, estas que passavam despercebidas imensa era a dor da perda, do desespero e do amor. Por alguns segundos permaneci imóvel ao ouvir a voz familiar pronunciar meu nome, como se tentasse entender onde eu estava. — Kyogoku-dono. — Proferi ao me aproximar, o olhar livre da amargura de lagrimas anteriores; ambas as mãos foram em direção ao abdômen, a esquerda sob a direita e então meu tronco curvou-se em um angulo perfeito de 90.º, foquei meus próprios pés ao manter-me daquela forma, as mãos longe da empunhadura da espada demonstrava que não havia hostilidade em minhas ações, o corpo curvado ditava o respeito que o tinha apenas pelo fato do outro ser um notável guerreiro, nada mais. — A que devo a honra de sua companhia? — Tornei a posição ereta e, mesmo em meio a ações repletas de simbolismos e fragilidade, meus olhos encontraram-se com os dele, algo que outrora minha mãe criticaria “mulheres devem manter o olhar baixo”, quase poderia ouvi-la falar, mas se eu tivesse que sofrer por um passado que não era meu, ao menos nesse presente, eu desejava ser realmente quem deveria e queria ser, eu.

Considerações
• Dono: Termo usado na para demonstrar extremo respeito.
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Qui Jun 08 2023, 19:17

A Dama Pintada
Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
A presença inabalável de Hasashi era poderosa. Apenas por estar diante de Ren, a jovem podia facilmente sentir-se impressionada e ao mesmo tempo intimidada pelo espírito poderoso que emanava dele, assim como, estar diante de Hasashi era como estar num jardim zen, absorvendo a calmaria que aquele transmitia para todos ao seu redor.

Quando Ren reverenciou, ela podia sentir o olhar crítico do Jonin do clã Kyogoku perfurando a sua alma, e, ao se levantar se deparou com seu olhar complacente. Não havia nenhum tipo de sentimento negativo, embora ela sentisse que sua reverência poderia ter sido mais bem executada, devido à aura crítica de Hasashi.

Caminhe comigo – ele pediu gentilmente, dando espaço para a garota passar e direcionando o caminho com a palma estendida, ao mesmo tempo que estampava um gentil sorriso em seu rosto.
Ren
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Qui Jun 08 2023, 19:51



Post O2
E por mais que quisesse prolongar o olhar nos dele, me vi obrigada a focar um canto qualquer daquele lugar, baixando os olhos em um ato claro de rendição, faltava-me força, não apenas física, mas também espiritual e, perante o homem à minha frente, me sentia tal qual uma criança desprotegida, um pequeno animal indefeso diante de um leão prestes a me devorar. Inspirei buscando a calmaria que aquele ser de aura tão contraditória era capaz de emanar. Medo e apreensão, paz e segurança, sentimentos que se chocavam pela simples presença do Jonin.

Senti o ar escapar, como se alguém estivesse pressionando minha garganta, o peso do seu olhar me fez apertar o maxilar criticando mentalmente minhas próprias ações, era visível naqueles olhos que cada gesto foi repleto de falhas. Conhecia perfeitamente aquele julgamento, o olhar de alguém que busca a perfeição de atos. Hesitei por alguns segundos perante o convite inusitado, mas cedi mediante ao gesto que não me deu chances para recusar. — Será uma honra. — Deixei as palavras fluírem com suavidade escondendo a aflição daquela presença seguindo o caminho que me foi indicado, e por mais que naquele instante eu não sentisse a menor vontade de alegrar-me, meus lábios moldaram-se em um sorriso discreto retribuindo a gentileza que me era oferecida.
 

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Sex Jun 09 2023, 18:28

A Dama Pintada
Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
Hasashi sorriu, feliz com a compreensividade da garota em aceitar seu pedido. Ele esperou que ela desse os primeiros passos então a seguiu, acompanhando-a rapidamente e ficando ao seu lado conforme caminhavam pela estrada ladrilhada que seguia pela estrada principal do cemitério de Utakata. Por alguns instantes Hasashi permaneceu em silêncio, Ren sentia que ele gostaria de falar algo, mas durante os primeiros minutos nenhuma palavra saiu de sua boca.

Foi somente quando eles passaram por um outro túmulo, este que era maior e possuía uma enorme inscrição do selo Kyogoku – Eu tinha a sua idade quando meu pai morreu, foi há quinze anos – Hasashi se virou para o túmulo e continuou a falar com sua voz branda.

Não foi fácil me tornar Jonin do clã com apenas dezessetes anos, eu tive que amadurecer muito rápido e guiar a todos com uma responsabilidade que eu não tinha – ele parou por um segundo e respirou fundo.

Seu pai não ficaria feliz em te ver vagando por ai sem rumo, apenas treinando e vivendo como um ronin qualquer, por este motivo eu preenchi esta carta de indicação ao Daimio, com ela você terá uma recomendação pessoal minha para trabalhar aonde quiser, basta apresentar esta carta e você terá o mesmo mérito de um membro de meu clã – Hasashi puxou de seu quimono um pergaminho e entregou para Ren.

Carta de Hasashi
Tipo: Documento
Tamanho: 1
Preço: Nenhum;
Efeito: Nenhum;
Descrição: Um pergaminho escrito por Hasashi que concede o direito de ingresso a um clã, com renome e honrarias.
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Sex Jun 09 2023, 23:06



Post O3
Como se estivesse pisando em nuvens, seus passos eram suaves e repletos de tranquilidade, algo completamente contraditório, pois sua mente e coração tamborilavam agitados em meio aquela conversa, sentimentos causados graças a pressão que aquele homem era capaz de emanar. Deixou que o silêncio reinasse entre eles, não ousaria tomar as primeiras palavras, não conseguia evitar. Eram ensinamentos cravados em sua alma, falar apenas quando lhe direcionado as palavras.

Os olhos castanhos moveram-se capturando a imagem do tumulo permanecendo em silêncio durante todo aquele breve discurso, aquela história era contada por muitos, o talentoso rapaz que se tornou jonin de forma excepcional. Hisashi tornou seu nome conhecido, assim como a grandeza de seu clã. Ao ouvir a menção de seu pai, o rosto ergueu-se encontrando o olhar do homem. O que ele sabia? Quão bem ele entendia sua dor? Não se tratava da perda de seus pais, era algo muito mais profundo e doloroso do que isso. — Recomendação? — O tronco virou-se para que pudesse ficar frente a ele, a confusão estampada em seu rosto até o pergaminho ser revelado. No mesmo instante o joelho esquerdo alcançou o chão enquanto o direito dobrou-se e ali apoiou um dos braços. A mão fechada em punho tocou o chão conforme mantinha a cabeça baixa, focava o chão. — É um grande privilégio receber algo vindo de tão poderoso e glorioso guerreiro. — Mordiscou o lábio inferior escolhendo as palavras que desejava proferir.

Se seus pais estivessem vivos, sabia que haveria uma grande comoção apenas pelo simples fato de ambos estarem ali, sozinhos, conversando. “Um casamento honroso”, diriam. — Não desejo demonstrar ingratidão perante tamanha bondade… Mas… Mérito como membro de seu Clã? — Minha voz tremeu, sabia que aquelas palavras soariam com ousadia, não era minha intenção. — Desejo receber os méritos pelo nome que me foi concedido, reconhecimento, quero elevar minha família para que os Katayama tenham renome, apresentar o seu nome para ingressar neste meio no que isso… "Difere de um casamento?" Desejei concluir, mas o quão insolente estava sendo naquele momento. — … Honraria meus pais? — Completei deixando que minhas verdadeiras palavras permanecessem apenas em minha mente. — O senhor como guerreiro deve me entender. É uma honra estar em sua presença, receber o que me oferece agora e eu aceito de bom grado, mas… Os méritos descritos devem ser dedicados ao esforço, honra e dedicação do clã Katayama. — Findei buscando inflar os pulmões como se aquelas palavras houvessem me arrancado todo o ar naqueles breves segundos envergonhada demais para erguer o rosto e encará-lo.
 

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Sáb Jun 10 2023, 09:12

A Dama Pintada
Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
Ren encarava o chão, reverenciando em respeito ao mestre diante de si própria. Por este motivo ela não sabia dizer qual era a expressão do Jonin, que permaneceu em silêncio por um instante, ele já estava acostumado em lidar com jovens mas ainda assim tomou seu próprio tempo para pensar.

Ren! – falou com um tom um pouco mais alto – Que honra traria aos teus pais se morresse como uma mera ronin? – naquele momento, embora a garota não estivesse o observando, Hasashi esfregou sua testa.

Você já deve saber a dificuldade que lhe é imposta por ser o último membro de sua família viva para conquistar um lugar de mérito na província em que vivemos. Ainda mais sendo uma mulher. Mas eu acredito em você. A honra de se tornar parte de um clã é um privilégio concedido para poucos. Reconsidere sua decisão com sabedoria. – pedindo gentilmente uma segunda consideração por parte da aprendiz.
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Sáb Jun 10 2023, 22:57



Post O4
Quando meu nome foi chamado novamente, instintivamente me encolhi por breves segundos, senti o peso das palavras conforme eram proferidas. Hisashi tinha razão, que honra traria a sua família? Meus olhos arderam conforme a vontade de chorar parecia querer banhar meu rosto em lagrimas, era desesperador tal pensamento, contudo, mais desesperador era ver o nome da minha família desaparecer sem que eu pudesse fazer nada, apenas aceitar aquele pedaço de papel.

Sabia que meu caminho iria ser ainda mais desafiador quanto qualquer outro, muitos homens iriam se erguer em glória à minha frente, seriam honrados e homenageados, mesmo que eu houvesse feito muito mais que eles, não havia uma família para falar por mim, um irmão ou um pai. Estava sozinha, completamente sozinha. Levei a canhota ao peito, estava doendo tanto. Tudo aquilo, Clãs, regras, honras, privilégios… As palavras ecoavam em minha mente fazendo-me apertar os olhos e o maxilar. — O senhor tem razão… — Arfei, senti meu corpo pesado, os joelhos doloridos. — Mas… E se fosse o senhor ajoelhado neste instante? Se alguém estivesse lhe oferecendo honrarias e privilégios para que seu caminho fosse mais fácil, contudo, não fosse reconhecido por ser um Kyogoku, por seus esforços, mas de outro? Aceitaria de bom grado, Kyogoku-dono? — Ergui o olhar conforme o corpo elevava-se lentamente, como se estivesse levantando algo pesado demais para aquele corpo pequeno e frágil suportar.

Se eu não sou capaz de elevar o nome da minha própria família, que tipo de honra iria oferecer a outro clã? E se adiante alguém mais poderoso e influente me oferecesse o mesmo? Não se trata de renomes... — Dei um passo a frente, perto o suficiente para que minha respiração quente e pesada fosse capaz de banhar o rosto masculino em meio ao meu desespero, estendi a canhota alcançando o pergaminho na mão dele. — Trata-se de quem eu sou. Perdoe minha imprudência, não passo de uma garota tola… — Mantive o silêncio por breves segundos fixando os olhos nos dele sem ousar me afastar. — … Afirmas que acredita em mim… Não irei lhe pedir que eleve meu nome em um clã poderoso, farei isso através dos meus próprios esforços, mas… Não me recomende desta forma… — Mordisquei o lábio inferior, se meu pai estivesse ali, tudo aquilo seria menos doloroso? — Que Ren Katayama seja digna de honrarias, que meus esforços sejam reconhecidos, como alguém que luta ao lado de um clã, mas não pertence a ele. Essa é a confiabilidade que eu quero. — Meus dedos pressionaram o pergaminho, apertando-o. — Conceda-me esta honra, Hisashi-dono — Ousei chamá-lo pelo primeiro nome. — ser um indivíduo e não um grupo, guie o meu caminho como o último membro dos Katayama, como deve ser. Prometo, jamais manchar a confiança que me foi dada por ti.


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Dom Jun 11 2023, 10:03

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Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
As palavras corajosas proferidas por Ren carregavam um significado muito maior do que ela própria poderia transmitir verbalmente. Para muitos, aquilo não poderia ser facilmente compreendido. De fato, até Hasashi demorou para perceber o que estava acontecendo. Sua demora foi tão grande que sua primeira resposta em um tom ríspido ecoou contra Ren.

Jamais ouvi tamanha tolice! – seu olhar era rígido, porém, não demorou muito para ele sorrir gentilmente enquanto juntava ambas as mãos por dentro das mangas de seu kimonoMas sua tolice lhe traz sabedoria e pureza em suas palavras – era como se plumas flutuassem ao redor da cabeça de Ren, ouvindo aquela argumentação destoante da primeira frase.

De qualquer forma, fique com isto. Uma carta de recomendação ainda pode ajudá-la a conseguir qualquer cargo - Ele entregou o pergaminho a Ren e, em seguida, deu alguns passos para longe do túmulo de seu pai.

Ser parte de um clã não é abdicar da sua essência ou de seu sangue... É encontrar um novo lar e novos irmãos. Não há desonra alguma nisso... Se mudar de ideia, visite o Dojo – e então Hasashi seguiu caminhando pela trilha.
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Seg Jun 12 2023, 18:03



Post O5
A forma que as primeiras palavras ecoaram em meus ouvidos me fizeram vacilar. Ele tinha razão, minhas palavras eram tolas, tal qual minhas atitudes, contudo, como uma criança tola, aquele pensamento não seria facilmente modificado em minha mente. Baixei o olhar reconhecendo o julgamento do mais velho, não ousava desafiá-lo, afinal, não havia mentiras ali, contudo, o que veio em seguida pegou-me de surpresa, não pude esboçar reação alguma a não ser encará-lo de forma desacreditada, um emaranhado de confusão se fez em minha cabeça, meus pensamentos ficaram completamente desordenados.

Talvez em minha imaturidade tenha entendido de forma errada as intenções dele, meu desespero e vontade de conseguir algo me deixando cega para situações tão obvias, aquilo poderia ser minha ruína. O desejo desenfreado de ser reconhecida. — O-obrigada… — As palavras escapavam, os dedos apertaram o pergaminho contra o peito, aquilo era algo que guardaria com muito apreço, assim como o respeito que se expandiu por Hasashi, apesar das palavras duras e da seriedade em sua voz, ele realmente me reconhecia e issotrazia uma imensa alegria ao meu coração e alma, mesmo que minha feição ainda se mantivesse distante e melancolia, por dentro meu coração tamborilava de felicidade. O tronco curvou-se mais uma vez para frente em um gesto de agradecimento sincero.

Entendia o que ele estava querendo dizer, mas naquele momento não queria apegar-me a ninguém. Irmãos? Lar? Já havia me apegado assim, a uma família e, perdê-los foi doloroso, a dor da perda sempre é dolorosa. Preferia a solidão, assim, se eu desaparecesse ninguém sofreria, poderia partir em paz, pois não deixaria ninguém para trás amargando a dor da minha ausência. Era o ipo de sofrimento que não desejava deixa no coração de outra pessoa. — Perdoe-me por minha tolice infantil, quando sentir em meu coração que sou digna, me apresentarei no Dojo. — Proferi ao retornar a postura ereta vendo-o se afastar, dei uma última olhada em direção ao tumulo de meus pais e mesmo que a conversa aparentemente houvesse se findado ali, segui caminho logo atrás do Jonin, em silêncio, observando-o. Meu desejo era um dia possuir ao menos a metade da magnitude que aquele homem emanava, mesmo de costas, era como se ele pudesse carregar o mundo facilmente em uma de suas mãos.

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Ter Jun 13 2023, 08:00

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Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
Ele não respondeu, apenas seguiu caminhando com seu semblante sereno pela trilha de pedras que levava até a saída do cemitério. Em seu coração, ela sabia que ele tinha ouvido, mas sua postura de classe o fez apenas absorver as palavras e seguir sem olhar uma última vez para traz, decidido como era, assim se manteve até sumir no horizonte.

Ren permaneceu parada por alguns minutos, contemplando o sol fresco da manhã iluminando as lápides de concreto e rocha lisa. Somente quando sua barrica roncou que ela lembrou não ter tomado café da manhã e estava morrendo de fome.
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Ter Jun 13 2023, 23:31



Post O6
Hasashi até não admitia, mas era um homem orgulhoso, o observei até sua silhueta desaparecer no horizonte deixando suas palavras ainda pairando em minha mente. — Ele acredita em mim. — Murmurei para mim mesma apertando o pergaminho com um pouco mais de força contra o peito, mas não me permiti ter esperanças ou expectativas, qualquer mísera gota de felicidade sobre o que foi dito pelo Jonin era consumida por algo que voltou a machucar meu coração. Acreditar é sofrer com antecedência. Meus pensamentos só foram dissolvidos quando senti o desconforto apertando meu estomago, a sensação familiar de que precisava me alimentar.

Meu olhar se voltou para as lápides dos meus pais, uma última reverência, sabia que em breve estaria ali novamente, talvez em uma nova visita passageira ou quem sabe, permanecer ao lado deles para sempre, seja como for, tomei a estrada para longe do cemitério que me trazia tristeza e dor, contudo, uma estranha calmaria. Iria buscar um lugar para me alimentar de forma tranquila e analisar o pergaminho que me foi oferecido buscando assim um rumo para os meus caminhos. Era hora de traçar meu destino, algo que, no fundo, eu sabia… Já estava escrito.  

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Qua Jun 14 2023, 12:52

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Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
Deixar o cemitério não era apenas uma caminhada que a levaria para o local alvo de sua viagem. Era quase como se estivesse enxugando as mágoas e inseguranças do seu passado para ter que lidar com sua realidade atual. Ao passar pelo portal torii que separava o cemitério do resto de Utakata ela tinha um novo objetivo diante de si... Café da manhã.

Era uma manhã tranquila e de clima agradável. O sol quente aquecia o coração dos aldeões que estavam muito ocupados vivendo suas próprias vidas para perceber a jovem guerreira caminhando despretensiosamente pelas ruas da cidade. Os mercadores ambulantes surgiam em todo canto, anunciando seus preços. Pescadores e outros produtores rurais vinham carregando suas encomendas e produtos.

No canal que levava até a cidade, barqueiros levavam clientes dos mais variados tipos. Vez e outra uma carroça puxada a cavalo passava por ali. No mais, puxadores de riquixá carregavam vassalos de classe média alta para seus destinos.

Em meio a este caos organizado, Ren continuava a passear até chegar na ponte Nakamachi, um dos principais acessos para o centro comercial da vila. Cruzando o enorme canal que servia tanto de via aquática como divisora dos distritos da cidade.
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Sáb Jun 17 2023, 11:47



Post O7
Podia ouvir os sons que se misturavam aos poucos, vozes de vendedores, compradores, crianças, mulheres… O silêncio e a calmaria de outrora dando lugar a um ambiente repleto de vivacidade, todos segindo sua vida, mas porque mesmo diante a esta visão, ainda me sentia parada em um passado distante? A dor em meu peito não permitia que eu saboreasse a alegria daqueles que ali estavam, seus medos, frustrações e sorrisos não passavam de enfeite.

Para mim, tudo era cinza.

Sem cor, brilho ou destaque. Apenas uma paisagem apática e nada mais, suspirei deixando que o ar da manhã afastasse da minha mente a amargura de uma dor que não era minha, tentando não buscar em meio a multidão os traços de um rosto que jamais encontrei. Uma ilusão que meu coração insistia em alimentar. Um amor que minha alma nunca desistiu de procurar.

Desviando das pessoas tentei focar em meu objetivo, o estômago me fazia lembrar a cada segundo do motivo de estar ali e, na tranquilidade daquela caminhada ignorei meus anseios parando somente ao chegar a um dos acessos que me levaria ao comércio central. Lancei meu olhar em direção ao canal, franzi a sobrancelha, um desgosto que não foi estampado em meu rosto, mas amargou em meus lábios, voltei a focar a ponte por um longo tempo e foi apenas a movimentação das pessoas que me fizeram continuar; quando finalmente cheguei ao outro lado notei que tinha prendido a respiração por um longo tempo. Relaxei os músculos, os punhos estavam cerrados por dentro da manga do kimono, fechei os olhos por alguns segundos em busca de tranquilidade inflando os pulmões vagarosamente, com isso também me deixaria guiar em direção ao aroma que mais indicasse ser apetitoso, deixando aos poucos meu receio se esvair.

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Dom Jun 18 2023, 10:22

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Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
Com os olhos fechados, Ren tentou esquecer o universo ao seu redor. Era como se existissem apenas duas coisas naquele momento. A própria Ren, em seu estado de meditação... E o cheiro daqueles Dangos perdidos em algum lugar no meio daquela multidão.

Quando ela finalmente pôde sentir aproximadamente a sua origem, Ren foi abruptamente lançada para fora de sua imersão ao sentir um esbarrão de algo fofo contra seu corpo, seguido de uma ombrada e um tropeço. A espadachim abriu os olhos e se deparou com uma curiosa figura.

Seu rosto era praticamente o rascunho divino do Kojiki. Seus olhos eram brilhantes e cristalinos como o ambar mais puro. Seu corpo era perfeito e volumoso como uma joia rara em todo o japão. Aquela era a mulher mais linda que ela já havia visto em toda a sua vida. A moça embelezada com uma maquiagem teatral que mais se parecia um espírito, sem jeito falou – Perdoe-me – e então sorriu e seguiu seu caminho.

Aquele estranho encontrão fez Ren se virar exatamente para uma barraca de Dango ao lado da estrada, logo ali a 3 metros de distância.
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Ter Jun 20 2023, 22:46



Post O8
Deixei-me levar.

Ignorando a variedade de sons do ambiente me permiti ser guiada apenas por meu nariz caminhando com tranquilidade focada em um único objetivo, encontrar o local que exalava tão maravilhoso cheiro de comida. O breve receio de minutos atrás foi deixado  de lado, o desconforto por estar com fome se tornava mais importante do que a sensação que por alguns segundos havia pesado em minha alma. E por algum estranho motivo minha mão foi em direção ao cabo de minha katana no instante em que meu corpo encontrou-se com a desconhecida, não foi algo relacionado a instinto no desejo de atacar; o sentimento inexplicável apenas surgiu fazendo minha mão se mover em busca daquilo que mais me era precioso naquele momento.

Não… — Minhas palavras desapareceram no instante em que nossos olhos se cruzaram, havia ali naquela feição e traços perfeitamente desenhados, a beleza enigmática que tomou minha atenção por segundos que, encarando-a, pareceram horas. Meus olhos acompanharam o movimento suave de seu corpo assim que se virou e tornou sua caminhada e então segui dois passos em direção a mulher, hipnotizada, era algo muito além da beleza que capturou minha completa atenção. — "Que tolice está fazendo, Ren? "— Murmurei para mim ao notar o que estava prestes a fazer. Que sentido tinha em seguir uma pessoa desconhecida? Obviamente me tomariam por louca. O que eu poderia falar se a outra notasse que estava seguindo-a por apenas achá-la demasiadamente bonita? Balancei a cabeça negativamente afastando o rosto feminino da minha mente e voltando meu corpo em direção a barraca que havia visto assim que o esbarrão aconteceu, não era hora de se jogar em algo desconhecido - tentava me convencer - já pensando nos Dangos que eu iria comprar para saciar a minha fome, mas estranhamente a visão daqueles olhos profundos e brilhantes se mantinham fixados em minha mente.

Por alguma razão eu já sabia, naquele instante… O destino estava sendo escrito.

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Qua Jun 21 2023, 15:53

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Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
O que durou apenas um segundo perdurou durante horas e horas na mente de Ren. Aquele breve encontro havia sido tão inesperado que a causou uma certa aflição em seu coração, num misto de estranheza que a fez pensar se havia sido apenas um vislumbre ou devaneio de sua cabeça. Até que enfim ela retornou a realidade, o estômago falou mais alto.

Caminhando na direção do mercador, que exibia seus Dango com orgulho e empenho, ele percebeu a cliente se aproximando de longe e começou a atrair sua atenção com seus preços – OHH! Uma cliente? O que acha de dois por quarenta Sen, hein?
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Seg Jun 26 2023, 23:20



Post O9
Coloquei as mãos por dentro das mangas do meu kimono e de forma inconsciente minha cabeça se inclinava levemente para a direita conforme os pensamentos martelavam em minha mente, traços do rosto feminino surgiam a cada segundo que tentava buscar em meus pensamentos algo que me fizesse entender o motivo da inquietação do meu coração. Minha atenção retornou para o homem ao longe e os petiscos que eram oferecidos, atraída pelo aroma me vi caminhando em direção aquela barraca, meus olhos contemplavam aquelas bolinhas brilhantes e incrivelmente apetitosas já imaginando o sabor doce invadir meu paladar.

40 sen? — Murmurei em meio a um suspiro mordiscando o lábio inferior, recordando-me que naquele instante minha carteira estava igual ao meu estômago, vazia. Definitivamente aquele não parecia ser um bom dia.

Considerações  • Esqueci que eu sou pobre. :c
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Ter Jun 27 2023, 16:24

A Dama Pintada
Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
Ao se aproximar da barraca, Ren acabou se surpreendendo com o valor que havia sido informado pelo comerciante. Apesar de que era um valor comum para aquele tipo de produto, talvez numa região mais pobre da cidade ela tivesse mais sorte com os preços. Apesar de que, quando ela agarrou sua carteira sentiu um vazio desagradável. Ela se lembrava de ter uma reserva de dinheiro para passar aquele mês, mas simplesmente havia sumido. Além do dinheiro, ela buscou em todos os seus pertences e algo parecia estar faltando, mas o que era?

Quarenta Sen! Sem dinheiro, sem Dango! – disse o comerciante, usando o leque para espalhar o aroma doce e prevenir moscas de pousarem em seus lanches.
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Ter Jun 27 2023, 22:07



Post 1O
Suspirei profundamente fechando os olhos sentindo uma leve irritação naquele momento, tanto pela voz do homem, o cheiro de comida que atiçava aind amais minha fome e principalmente por notar que minha carteira não tinha nem mesmo as poucas provisões que havia destinado para manter-me, o valor do alimento já não fazia mais diferença, não tinha mais sentido algum tentar diminuir os preços daqueles dangos em meio a uma calorosa negociação já que, não haveria uma fonte de troca, ou seja, dinheiro.

Me desculpe… — Curvei o corpo um tanto sem jeito para o comerciante tentando disfarçar a frustração de aparentemente ter sido roubada, justamente eu que julgava-me tão atenta, “pobre criança” era como se as palavras do meu pai soassem em minha mente, uma repreensão toda vez que insistia em dizer que saberia cuidar de mim sozinha. Cerrei os punhos inconformada, contudo, meu coração parou uma batida quando comecei a vasculhar meus polsos na intenção de dar falta de mais alguma coisa perdida, minha katana estaria ali, óbvio, foi o primeiro objeto que levei a mão no instante do… — Esbarrão! — Rosnei em uma raiva contida. — O pergaminho. — O procurei, aquilo era a comprovação do reconhecimento de Hasashi em minhas habilidades, o primeiro passo em direção ao caminho tortuoso e cheio de dificuldades que me esperava, definitivamente não deveria perder aquilo e conforme buscava tudo o que poderia ter sido roubado, meu olhar ia em direção ao caminho seguido pela estranha mulher de outrora. Não havia outra explicação, só pode ter sido ela.

° Ação: Livre.

Considerações  • Procurando em meio aos meus pertences o que pode ter sido roubado. grrr
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Qua Jun 28 2023, 19:05

A Dama Pintada
Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
Com o coração desolado e a mente conturbada, Ren sentiu um vazio profundo ao perceber que o pergaminho entregue a ela por Hasashi havia desaparecido. O dinheiro perdido já não importava naquele momento, pois sua atenção estava totalmente voltada para o pergaminho desaparecido. As memórias correram em sua mente freneticamente, buscando qualquer pista sobre o momento em que o objeto valioso lhe foi tomado. Foi então que um fragmento de lembrança surgiu: o esbarrão com a mulher de rosto pintado. Ren deduziu que ela poderia ser a única possível responsável pelo furto. Desesperada, Ren examinou rapidamente o ambiente ao seu redor. As ruas da província de Utakata estavam repletas de pessoas, todas elas ocupadas com suas próprias tarefas e preocupações naquela manhã movimentada. Naquele momento, ela sentiu-se impotente.
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Seg Jul 03 2023, 01:36



Post 11
 Por alguns segundos fiquei completamente sem reação, segundos estes que pareciam horas. Senti que o tempo parou, o rosto de Hasashi vinha em minha mente em um semblante de completa decepção. Não, isso definitivamente não deveria estar acontecendo. Senti a respiração falhar, não por ter sido roubada ou as consequências daquilo, mas por ter me deixado enganar. Senti que estava sendo sugada para um sentimento que de alguma forma parecia ser tão familiar. Desespero.

Era estranho, uma sensação completamente sufocante, sensações que não eram minhas, mas mesmo assim, eu as sentia perfeitamente. — Que idiotice, Kazeyama Ren. — Murmurei inflando os pulmões conforme tentava trazer-me de volta à realidade. Girei o corpo em direção ao caminho tomado pela mulher. Precisava achar alguma pista, alguém com uma aparência tão perfeita deixaria rastros, um grupo de homens maravilhados, mulheres com olhares de inveja ou desdém, buscaria em meio às pessoas algum indício de que ela havia passado por ali na intenção traçar o caminho tomado por ela após o furto.  


° Ação livre: Buscar pistas; rastrear.

Considerações  • Procurando em meio aos meus pertences o que pode ter sido roubado. grrr
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Seg Jul 03 2023, 20:27

A Dama Pintada
Ren – Cemitério de Utakata, Manhã
Ren sentia-se desolada com a perda do pergaminho entregue por Hasashi. O sentimento de desespero a consumia enquanto caminhava pelas movimentadas ruas de Utakata, tentando desesperadamente encontrar qualquer sinal ou pista da misteriosa mulher que parecia ter sumido sem deixar rastros. A cada passo, Ren examinava atentamente as pessoas ao seu redor, buscando qualquer indício que pudesse levá-la ao paradeiro da mulher de rosto pintado. No entanto, a multidão que preenchia as ruas tornava a tarefa quase impossível. O vai e vem das pessoas, o burburinho dos vendedores e a agitação da cidade dificultavam a busca por qualquer pista. Ren sentia uma mistura de frustração e desamparo diante da aparente falta de pistas. Ela começou a questionar a si mesma, pensando como poderia ter sido tão descuidada ao perder o pergaminho tão valioso. O peso da responsabilidade pesava em seu coração, e ela estava determinada a encontrar a mulher e recuperar o precioso item, mas não havia nada ali.
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Seg Jul 03 2023, 22:03



Post 12
Era impossível alguém com traços tão únicos não ter sido notada por aquelas pessoas, não haver sequer um único olhar deslumbrado seguindo os passos daquela misteriosa mulher. Talvez meu conhecimento do mundo ainda fosse limitado, mas aquelas pinturas faciais não deveria ser algo utilizado por qualquer um, o que deveria fazer? Por onde começar? Mesmo em meio às dúvidas e frustrações não ficaria parada, reviraria todo aquele distrito em busca daquela ladra.

Ao começo. — Conclui retornando ao início daquela confusão, a ponte. Ela não estava ali por acaso, tal qual uma história em que o futuro já estava escrito, aquele encontro deveria ocorrer. Inspirei profundamente assim que retornei a ponte Nakamachi tentando ignorar aquela confusão de sentimentos que invadiam minha mente e coração. Buscando invadir meu espírito com calmaria retornei meu olhar para a multidão tentando perceber, agora com mais calma, detalhes ou alguém que possa me dar pistas daquela estranha.

° Ação: Teste de percepção; Buscar rastros da mulher/ladra, analisar as pessoas ao redor.  D20 (21)

Considerações N/A
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Ter Jul 04 2023, 19:52

A Dama Pintada
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Ren estava perdida, mas se manteve calma e começou a usar sua mente para trabalhar. Com os olhos afiados e sua percepção aguçada ela olhou ao redor. Ren percebeu a presença de um único guarda em vigilância numa esquina a cerca de vinte metros de distância. O guarda estava monitorando a região, que era a mesma direção por onde a mulher havia se dirigido, pelo menos era o que ela lembrava.
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