Aventura: A Honra Manchada

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A vida dele se perde enquanto seu corpo cai duro no chão, e por sorte ele não conseguiu terminar a trajetória. Um fim vazio e rápido. “É assim que a vida acaba?” perguntou Chuai a si mesmo, internamente em seus pensamentos. Os seus passos seguintes foram lentos, e ele acabou por observar o corpo silenciosamente durante segundos.

Pegou as Kunais banhadas de sangue, guardou uma e a outra manteve na sua mão livre. Ele agiu sem pressa quando caminhou até o homem de cabelos negros, Chuai aguardou seus proximos passos.

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Ele não era forte, mas era covarde! O cheiro da sua covardia preenchia as narinas do homem, ardente e recheada de sangue. Seria como perseguir uma fera? Um fera que não pensa muito, e que geralmente está fora de controle.

Alguns dos passos foram apressados, e os dedos que tem a Kunai nas mãos giram a lâmina, giram, giram e giram. Ele vai parar na frente da porta e olhar a magnífica besta.

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Seu interno podia sentir a agonia da situação… Mori não tinha controle sobre seus próprios homens, ou ele simplesmente não se importava. O homem sabe que se intervir ele pode gerar um conflito interno, mas do que jeito que as coisas aconteceram ele não se importa mais com isso.

Sua mira não poderia pecar desta vez, até porque isso lhe daria uma desvantagem. Pela terceira vez ele arriscou, girou mais uma vez a lâmina em seus dedos e arremessou mirando nas costas da figura.

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Com certeza, sem dúvida alguma o seu passado derramou muito sangue inocente. Essas pequenas partes que moldam os homens e suas visões de mundo, uma questão moral que é jogada diante de suas mãos para definir quem você é! E por que ele está quebrando o pacto com o seu próprio sangue? Isso torna ele um homem bom?

Quantos pensamentos, são muitos pensamentos. Criando uma neblina diante dos seus olhos. Recheados do doce gosto da violência. Um sorriso se desenha no rosto dele, mas em seguida a expressão é séria no confronto de olhares. - Você tem muita coragem para violentar mulheres, eu quero ver se tem toda essa coragem comigo. - Ele gira sua espada nos dedos. - E puta merda, alguém precisa calar essa sua maldita boca. - Com sua lâmina na frente do corpo ele dá um passo à frente e entra em posição de combate. - Vamos lá, você não vai ser um covarde agora, neh? - Pronúncia Chuai.

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Para sua sorte ele continua em pé e respirando, enquanto questiona. Os homens acreditam que suas atrocidades são justas, mas a dele estava sendo interferida. E com um leve movimento do pescoço, Chuai recuou um pouco ao ouvir tais palavras.

- Em que momento esse mundo foi justo com alguém? - Ele diz, mas quando as mulheres saem o homem avança. Em sua tentativa de um corte com a espada, na horizontal, da direita para esquerda.

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O seu coração dispara, é agressivo, violento, imparável. Recheando sua mão de sangue e impulso que o torna preciso e rápido. Ele deve agradecer a sua juventude ou por não ter falhado? É um sangue de assassino, é a mancha exposta na lâmina.

Os dedos da mão apertam com força o cabo da espada. Enquanto seu braço se movimenta em arco, com a lâmina vindo de cima para baixo. Mirando bem na cabeça dele.

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Um ataque surpresa, rasgando a pele de sua face provocando um sangramento que desce pelo rosto. Em reação seu corpo inclina para trás, e os dentes do homem rangem enquanto encara seu inimigo gargalhando.

Quando o cabo da espada gira em seus dedos, entrando em posição de ataque mais uma vez, sua ponta está para baixo. Mais um arco, de baixo para cima, mirando no pescoço dele.

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Ele não cessava, não parava, Chuai não podia dar brecha pois sabe que um único deslize muda todo o combate. Foi uma sequência de ataques na qual ambos bloquearam e contra-atacaram.

Violência seguida de violência. Seu mundo, sua maldição, sua pequena decisão. - Argh! - Aproveitou a queda dele, e girou mais uma vez o cabo apontando a lâmina para baixo no objetivo de perfurar seu oponente. Atravessar a carne dele, descarregando a sua força.

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Olhar pesado e sério para aquele homem caído, já não conseguindo mais reagir ao combate. A agonia e dor provocadas pela a lâmina foi capaz de fazer ele perder a sua consciência. Um homem, um animal indefeso e sem capacidade de ver o seu próprio fim. Marcado pela decisão imunda.

Chuai, Chuai… Seus pulmões encheram de ar e o joelho esquerdo se dobrou diante do corpo caído. Um suspiro longo veio. A mão direita segurou a cabeça do homem, movendo ela para trás deixando o pescoço mais visível. O final da lâmina acabou por ficar por cima do pescoço dele. Devagar o homem botou pressão e rasgou a carne, presenciando o sangramento manchar o piso.

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Ele pensou durante segundos sobre o ataque que iniciou aquilo tudo, mas uma parte de si não se importou tanto, já que o homem havia passado dos limites. Parece que não tinha forças para se mover, e que as costas pesaram mais um pouco.

Retirando o peso do joelho, ficou agachado. Limpando sua lâmina suja na roupa do cadáver que ainda estava quente. Mordendo o cabo da sua arma, deixou as mãos livres e logo verificou o corpo. Na esperança de encontrar alguma coisa de valor.

No momento em que terminou sua checagem, ele se colocou de pé, fixando no rosto do homem. Voltou a segurar sua arma com a mão esquerda. Lhe deu as costas e caminhou de volta ao corredor, tentando se lembrar para onde Mori decidiu seguir. Passos e lentos, enquanto prosseguiu no caminho contrário. Aquele que deveria ter ido desde o início.

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Retornado do lado de fora, o peso dos ombros diminuiu um pouco. Ele presenciou a cena e acabou por dar um longo suspiro e se perguntando “Que diabos estou fazendo aqui?”. O homem tentou entregar uma resposta a si mesmo, mas não foi capaz.

Sua mão apertou o cabo da espada com o desejo de quebrá-la. A situação estava o deixando irritado. E com seus pulmões cheios de ar ele interrompeu gritando. - Mori!! - Com passos firmes ele caminhou em direção do seu “líder” até parar ao lado dele. - Quem viemos matar? - Indagou.

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